Saio de casa ainda cedo. A chuva volta a aparecer e eu , indefesa começo a correr. O ar fica ocupado com um aroma suave a relva acabada de molhar. O meu coração enche-se com este ar. E acalma. Acalma! Abrando e sento-me por baixo de uma árvore. Tenho tempo. Fico sentada a contemplar a tranquilidade da natureza. Tenho a música ligada e , através dos meus phones, chega até mim uma música que não ouvia , propositadamente, á muito tempo. Os meus olhos acompanham as nuvens e começo a chorar. Estou calma , mas continuo a chorar. São tantas as memórias que uma música trás consigo. Tantas as emoções que uma música pode despoletar em nós. É esta a beleza da música. É aqui que a música se transforma em arte. Quando activa em nós algo. A chuva para e eu continuo a chorar.
Fiz do teu coração meu lar
sábado, março 5
quinta-feira, fevereiro 5
Meio ano passou. Meio ano passou desde a ultima vez que vim aqui. Que vim verdadeiramente aqui. Não apenas de passagem. Mas vim com o desejo de escrever. Não só com o desejo de o fazer mas com a vontade. Vontade essa que tem estado desaparecida. Desapareceu á tanto tempo que mal me lembro como o fazer. Mas o desejo é tão grande, a ânsia de deixar o meu coração falar é demasiado grande para a deixar esquecida no meu pequeno peito. Tirar tempo para me sentar e ignorar o mundo exterior , já se passou tanto tempo desde a ultima vez que o fiz. As memórias são tão boas mas o coração dói enquanto escrevo. Tornou-se algo que não liberta, mas que desgasta. Cada minuto que passo sentada a escrever sinto o meu coração a abrir-se. A rascar as camadas e camadas de proteçoes que criou. E isso dói ! Escrever era o melhor de mim, e eu abdiquei disso. Abdiquei do meu coração.
segunda-feira, julho 14
Julho 2014
O verão veio mas apareceu triste e escondido. Chora quase diariamente , mas no meio do choro aparece um sol quente e alegre. Por poucos minutos. Torna-se ainda mais quente nos últimos minutos do seu fugas aparecimento.
Mas os dias estão tristes. Estão escuros. Estão em total sintonia com o meu ser.
Cansado. Sem forças para deixar de chorar, para deixar o sol aparecer e iluminar-me. Sinto-me a cair sem nada por baixo para me segurar . Sinto-me a perder algo que nunca tive. Sinto-me a cair ao mesmo ritmo que a chuva . E a pouca alegria que por vezes aparece é quente e luminosa. Enche-me o peito de calor. Mas logo de seguida é substituída pela chuva que teima em não parar.
O verão veio mas apareceu triste e escondido. Chora quase diariamente , mas no meio do choro aparece um sol quente e alegre. Por poucos minutos. Torna-se ainda mais quente nos últimos minutos do seu fugas aparecimento.
Mas os dias estão tristes. Estão escuros. Estão em total sintonia com o meu ser.
Cansado. Sem forças para deixar de chorar, para deixar o sol aparecer e iluminar-me. Sinto-me a cair sem nada por baixo para me segurar . Sinto-me a perder algo que nunca tive. Sinto-me a cair ao mesmo ritmo que a chuva . E a pouca alegria que por vezes aparece é quente e luminosa. Enche-me o peito de calor. Mas logo de seguida é substituída pela chuva que teima em não parar.
quinta-feira, maio 29
Este ano a primavera tem aparecido timidamente. Uns dias está alegre e quente. Noutros tristes e a chorar. As flores abrem-se nuns dias e nos outros fecham-se ao mundo. Eu estou igual á primavera. Estou a voltar a ter dias quentes e alegres. Mesmo que sejam poucos. Mesmo que isso não se mantenha por muito tempo voltei a tê-los . E os dias tristes e de choro já não são tão tristes. Já não são tão escuros. Espero que me mantenha assim quando o verão chegar e que o acompanhe ao longo dos próximos meses.
sexta-feira, maio 23
Hoje, após quase um ano , voltei a sentar-me na minha varanda com o pequeno caderno vermelho de capa rija que me acompanhou durante tanto tempo. Dou por mim a agarra-lo, mas sem coragem de o abrir. Contem tantas memórias. Tantos dias, tantos momentos. Sinto que ainda não estou pronta para rever tudo o que um dia o meu coração quis escrever. Porque foi ele que escreveu. Aquele caderno não é meu, é dele . O meu coração continua pequeno, escondido no meu peito dorido. Está assim á tanto tempo que eu já me habituei á dor. A dor já é uma constante em mim. A chuva passa e o céu fica claro e limpo. Ganho forças e começo a ler as palavras que um dia escrevi.Choro, texto após texto, choro. São tão lindas, tão tristes. Mas lindas! Tenho dificuldades em acreditar que escrevi um texto assim. Que escrevi algo que gostaria de ler. E nesse momento fico triste. Triste porque deixei de escrever. Deixei que vir aqui. Escrever umas palavras por mês não conta. Não. Já não tenho a minha vida aqui. E sinto que o meu coração se esqueceu de como o fazer de novo. Fico triste, mesmo triste. Sentia-me tão bem a escrever. Quero voltar a sentir o que sentia antes. quero que seja fácil outra vez. O meu coração era tão mais feliz quando eu o deixava falar !
sábado, maio 10
Não voltei a chorar. Desde o funeral que não choro. Foi esse o teu pedido," para que chorar por mim se estou bem, ao pé de quem sempre me amou?" E não chorei. Estás feliz! Estás onde queres ! Olhas por nós , tal e qual como quando estavas aqui. As lagrimas enchem e preenchem os meus olhos mas não caem, não ! Ensinaste-nos tanto, e se querias que não chorássemos por ti não o vou fazer. Mesmo que isso custe !
terça-feira, abril 29
O mundo parece um lugar mais bonito visto do ceio do teu abraço! As flores parecem mais alegres quando tu estás por perto. O mar mais calmo com a tua chegada. As rosas que trazes contigo e delicadamente me dás são as rosas com o melhor cheiro que existem no mundo. A tua voz faz do cantar do belo pássaro uma má cantiga ! Tu fazes-me redescobrir o mundo como uma criança que abre os olhos pela primeira vez !
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