sexta-feira, fevereiro 7


Está frio. Mas estranhamente sinto-me bem na minha pequena varanda. Olho a cidade que tenho pela frente e o meu olhar perdesse com todo o movimento que vê. As luzes dos carros a andar hipnotizam-me. Mas o silencio. O estranho silencio que se sente na minha varanda, no meu da cidade, é agradável. Aqui sou eu. Eu e o silencio. Aqui me perco ao contemplar o céu. Aqui fico durante horas sem me aperceber que elas passam. E sinto-me bem. Sinto-me feliz. Calma. Com todo o movimento e agitação lá longe. Sinto-me no meu da natureza que uma cidade pode ter. Ao longe vejo as nuvens esconder-se por trás das montanhas. Vejo um constante jogo de apanhadas . E o céu, e céu vai ficando mais escuro. Mas eu continuo alegre. Continuo quente. Mesmo no meio do frio que se faz sentir. O meu eu interior sente-se quente. Olho , mais uma vez, para o céu e ele já se encontra completamente escuro e pela primeira vez desde que me encontro aqui sinto uma ponta de tristeza no meu coração. Quando ao longe vejo uma estrela percebo o porque. Percebo que não posso, não consigo, não ver as estrelas que todos os dias se encontram a olhar para mim. Porque tu avô , tu és a minha estrela, e eu preciso de te sentir aqui, comigo. Preciso de me sentir quente por dentro. 

5 comentários:

Inês Pinto disse...

E o que eu queria também. Ainda bem que gostaste. Muito obrigada!
O mesmo te digo a ti, textos tristes ou não, são de óptima qualidade :)

mariana disse...

Eu faço força para tu voltares..tudo se concretiza :)

Cláudia S. Reis disse...

O teu avô está lá querida, mesmo que não o vejas. Não são as nuvens que vão conseguir tapar a luz dele :)

n. disse...

Oh, o teu avô estará sempre lá para te guiar e aquecer a alma. És um docinho <3

fil disse...

Continua sempre por aqui <3